DE 2012 A 2017 NO BRASIL, FORAM NOTIFICADAS 14.412 MORTES E 4,26 MILHÕES DE ACIDENTES DE TRABALHO

São Paulo lidera o ranking de acidentes

Segundo dados do Observatório Digital de Saúde e Segurança do Trabalho do Ministério Público do Trabalho (MPT), 2012 a 2017, foram notificadas 14.412 mortes e 4,26 milhões de acidentes de trabalho. A maioria dos acidentes - 636.411 (21,03%) - foi por corte, laceração, ferida, contusão e punctura (corte profundo, mas com diâmetro pequeno). Em seguida vêm os acidentes com fratura com 529.360 (17,05%) e por contusão e esmagamento na superfície 476.281 (15,74%). Os números podem ser ainda maiores, pois segundo o procurador do MPT e coordenador nacional de Defesa do Meio Ambiente do Trabalho, Leonardo Osório, as estimativas da Organização Mundial do Trabalho (OIT) indicam que apenas um em cada sete acidentes são notificados.

O que mais chama a atenção, diz o procurador do MPT, é que a grande maioria dos acidentes (90% a 95%), poderia ser evitado se houvesse mais organização no ambiente de trabalho e se as empresas colocassem a proteção coletiva à frente da produtividade. “Tem empresas que provocam verdadeiros assassinatos. Na construção civil, é comum colocarem trabalhadores em elevadores sem segurança nenhuma. Não adianta usar apenas os equipamentos de proteção individual (EPI). Se o trabalhador cair do décimo andar de um prédio, não é o capacete que irá salvar sua vida. O mesmo se aplica a empresas de entrega que estabelecem horários para os motoboys”, lamenta Leonardo Osório.

Segundo dados do Observatório Digital de Saúde e Segurança do Trabalho do Ministério Público do Trabalho (MPT), 2012 a 2017, foram notificadas 14.412 mortes e 4,26 milhões de acidentes de trabalho. A maioria dos acidentes - 636.411 (21,03%) - foi por corte, laceração, ferida, contusão e punctura (corte profundo, mas com diâmetro pequeno). Em seguida vêm os acidentes com fratura com 529.360 (17,05%) e por contusão e esmagamento na superfície 476.281 (15,74%). Os números podem ser ainda maiores, pois segundo o procurador do MPT e coordenador nacional de Defesa do Meio Ambiente do Trabalho, Leonardo Osório, as estimativas da Organização Mundial do Trabalho (OIT) indicam que apenas um em cada sete acidentes são notificados.

O que mais chama a atenção, diz o procurador do MPT, é que a grande maioria dos acidentes (90% a 95%), poderia ser evitado se houvesse mais organização no ambiente de trabalho e se as empresas colocassem a proteção coletiva à frente da produtividade. “Tem empresas que provocam verdadeiros assassinatos. Na construção civil, é comum colocarem trabalhadores em elevadores sem segurança nenhuma. Não adianta usar apenas os equipamentos de proteção individual (EPI). Se o trabalhador cair do décimo andar de um prédio, não é o capacete que irá salvar sua vida. O mesmo se aplica a empresas de entrega que estabelecem horários para os motoboys”, lamenta Leonardo Osório.

A grande maioria dos acidentes (90% a 95%), poderia ser evitado se houvesse mais organização no ambiente de trabalho e se as empresas colocassem a proteção coletiva à frente da produtividade

Prevenção

Os EPI’s têm a finalidade de erradicar ou, ao menos, reduzir os riscos inerentes às funções exercidas pelos trabalhadores no ambiente da empresa. Eles se destinam a preservar a saúde, a segurança e a própria vida dos funcionários de uma organização.A Lei de número 6514 de dezembro de 1977 da CLT, discorre sobre a regulamentação da medicina e segurança do trabalho. Segundo Artigo 166: “A empresa é obrigada a fornecer aos empregados, gratuitamente, equipamentos de proteção individual adequado ao risco e em perfeito estado de conservação e funcionamento, sempre que as medidas de ordem geral não ofereçam completa proteção contra os riscos de acidentes e danos à saúde dos empregados”. 9.1.1 Esta Norma Regulamentadora – NR estabelece a obrigatoriedade da elaboração e implementação, por parte de todos os empregadores e instituições que admitam trabalhadores como empregados, do Programa de Prevenção de Riscos Ambientais – PPRA, visando à preservação da saúde e da integridade dos trabalhadores, através da antecipação, reconhecimento, avaliação e consequente controle da ocorrência de riscos ambientais existentes ou que venham a existir no ambiente de trabalho, tendo em consideração a proteção do meio ambiente e dos recursos naturais”.

Casos registrados

No estado de Bahia, foram registrados 60.853 auxílios-doença por acidente do trabalho. nos últimos dois anos, de 2016 9.597 casos de afastamentos foram contabilizados, seguidos de 8.535 ocorrências no ano de 2017.  No Brasil todos os dias cada 3h, 38 minutos e 43 segundos um trabalhador ou uma trabalhadora morre vítima de acidente de trabalho. A cada 48 segundos, um sofre acidente. As faixas etárias mais atingidas em trabalhadores do sexo masculino são entre 18-24 anos com 479.695 casos, em termos de acidentes com trabalhadoras do sexo feminino a faixa mais atingida é entre 30-34 anos contabilizando 210.956 ocorrências. A Bahia ocupa o 8° lugar em termos de distribuição geográfica de registros de acidentes contabilizando 72.097, São Paulo lidera a lista com 1.129.260 casos de acidentes de trabalho segundo dados contabilizados pelo Observatório Digital de Saúde e Segurança do Trabalho do Ministério Público do Trabalho entre 2012 e 2017.

Dia Mundial

A Organização Internacional do Trabalho (OIT) instituiu o dia 28 de abril como o Dia Mundial da Segurança e da Saúde no Trabalho, em memória às vítimas de acidentes e doenças relacionadas ao trabalho. No Brasil, a Lei 11.121/2005  instituiu o mesmo dia como o Dia Nacional em Memória das Vítimas de Acidentes e Doenças do Trabalho. A data que foi escolhida no mês de abril por conta de um acidente em umamina da cidade de Farmington, no estado da Virgínia nos Estados Unidos, uma explosão em 1969 deixou 78 trabalhadores mortos no dia 28 de abril, por conta disso foi escolhida a data em homenagem aos trabalhadores. A Organização Internacional do Trabalho (OIT) também instituiu, em 2003, a data como o Dia Mundial de Saúde e Segurança no Trabalho "Verde foi a cor escolhida por estar associada aos cursos relacionados à saúde. O símbolo é o laço verde", informou o Ministério do Trabalho. O Movimento Abril Verde tem como proposta relembrar e alertar sobre a conscientização e prevenção dos acidentes de trabalho.

Fonte: Portal CUT

Por Joice Antero

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